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Carmende Luiz Farina |
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Dia 30 de junho de 2017 o espetáculo CARMEN estreou na cidade de São Paulo no Teatro Aliança Francesa. Baseado na novela original CARMEN de Prosper Mérimée escrita 1845, na qual Georges Bizet se inspirou para a criação da Ópera Carmen, a história é contada por três atores: Natalia Gonsales, Flávio Tolezani e Vitor Vieira. Admiração, pulsão, curiosidade, interesse pela cultura cigana e pela personagem CARMEN foram fundamentais para essa iniciativa artística. O desejo impulsionou a ideia e a vontade de levar essa personagem, carregada de uma forte personalidade e de uma trágica história, ao teatro. Uma dramaturgia clássica merece ser conhecida, visitada, discutida e revisitada. Pois, quando são vivenciadas de fato, mais se revelam inesperadas e inéditas. Um clássico é uma história que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer e que, por isso, atravessa o tempo e atualiza questões verdadeiramente fundamentais à existência. E assim, a partir da obra de Mérimée, Luiz Farina com o objetivo de dar voz a Mulher, apresenta Carmen também como narradora da sua tragédia. Uma história contada e recontada nas mais variadas formas e gêneros, surgiu como novela em 1845 e já foi filme, ópera e novela nas mãos de grandes mestres. Um clássico. A pergunta recorrente que todos se fazem ao remontar a peça é: por que fazê-la? Para mim, porque pessoas continuam morrendo por isso e precisamos recontar a história até que não sobre nenhuma gota de dor. Na atual encenação elementos clássicos como a dança flamenca, os costumes ciganos, a tauromaquia, entre outros, são re-significados ao som de guitarras distorcidas, microfones e coreografias para que não reste dúvida de que estamos repetindo histórias tristes de amor, de paixões destruidoras. O ponto de vista que nos interessa é o de Carmen, a mulher assassinada, dentro de uma sociedade que pouco mudou de comportamento ao longo dos séculos, que aceitou brandamente crimes famosos cometidos contra mulheres como os de Doca Street, Lindomar Castilho e mais recentemente de Bruno, o goleiro, crimes muitas vezes justificados pela população pelo comportamento lascivo das vítimas, como se isso não fosse aceito em situações invertidas relativas ao comportamento masculino. O homem pode. A mulher não. Nessa encenação, Carmen morre não porque seu comportamento justifique qualquer tipo de punição, mas porque José é um homem, como tanto outros, doente como a sociedade que o criou. NELSON BASKERVILLE |
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Ficha Técnica dramaturgia_LUIZ FARINA [baseado na novela Carmen de Prosper Mérimée] elenco_FLÁVIO TOLEZANI, NATALIA GONSALES e VITOR VIEIRA direção_NELSON BASKERVILLE assistente de direção_JANAÍNA SUAUDEAU música original_MARCELO PELLEGRINI cenário e iluminação_MARISA BENTIVEGNA assistente de cenário_AMANDA VIEIRA cenotécnico_CESAR REZENDE figurino_LEOPOLDO PACHECO e CAROL BADRA adereços_ZÉ VALDIR ALBUQUERQUE direção de movimento e coreografia_FERNANDA BUENO flamenco_ANDI EL CANIJO técnicas aéreas - ALVARO BACELLOS [Cia Cênica Nau de Ícaros] fotografia_RONALDO GUTIERREZ design gráfico e ilustração_MURILO THAVEIRA realização_BEM CASADO PRODUÇÕES ARTÍSTICAS idealização_NATALIA GONSALES e FLÁVIO TOLEZANI canção Matei de Vicente Celestino_ cantada por FLÁVIO TOLEZANI arranjada e produzida por MARCELO PELLEGRINI |
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